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joelma633

Cordel sobre a história do Roger contado pela meninada

Atualizado: 14 de set. de 2021


Uma das ações do Projeto "Meu bairro, minha história conto eu" foi a elaboração de um documentário sobre a história do bairro do Roger, território de atuação da Casa Pequeno Davi, com foco no incentivo à participação de crianças e adolescentes. Depois de adaptações, devido à pandemia, novas ideias foram fluindo e um cordel foi criado para narrar a história do bairro, que se desdobrou na edição de um vídeo.


O projeto "Meu bairro, minha história conto eu" iniciou com a ideia da gravação de um vídeo-documentário sobre a história do bairro do Roger, mas devido à pandemia e a necessidade de mantermos o distanciamento social, tivemos que adaptar o projeto para algo mais viável e que não fugisse da ideia central. Ou seja, chegamos a conclusão que a história do Roger seria contada, porém, em forma de cordel.


As mudanças na condução do Projeto, impostas pela pandemia, não impediram o alcance das expectativas e objetivos. "Quando definimos isso, seguimos firmes e fortes e as expectativas foram atingidas e superadas. O resultado foi incrível, surpreendente. Hoje temos um vídeo com a participação da meninada, que com seriedade e verdade, conta a história do seu bairro através de uma poesia popular da tradição nordestina, que é o cordel", explicou a educadora Elisandra Romeria.


E como foi envolver a meninada? De acordo com a educadora, a meninada foi incrível e participou de todo o processo. Primeiro, foram realizadas oficinas semanais remotamente, para a aprendizagem das técnicas audiovisuais com exercícios praticados em vídeos caseiros feitos por eles e elas, depois, presencialmente, aprendendo postura corporal e entonação de voz diante das câmeras. Aproximadamente 40 meninos e meninas participaram do processo de forma remota, porém, foram 14 que participaram efetivamente das gravações.


Os desafios e necessidades de adaptação trazidos pela pandemia nos impossibilitou de trabalharmos com a meninada que mora mais distante do Roger. Tivemos que restringir a participação apenas para a meninada que mora mais perto da Casa Pequeno Davi, para facilitar o deslocamento, sem que houvesse aglomeração", destacou Elisandra.

O resultado foi um trabalho feito coletivamente, com a presença imprescindível da garotada. Adolescentes que toparam vencer seus medos, vergonhas e dificuldades pessoais e participaram de um projeto com foco no fortalecimento da sua identidade enquanto morador/a do bairro onde nasceu ou reside.


Além de participar, rompendo as inseguranças e medos, a meninada ainda falou da experiência no processo.


“Eu achei muito importante e especial...Porque em meio a uma pandemia, onde a gente não podia se encontrar, onde a gente não podia tá tendo contato, elas (educadoras) não deixaram a gente parados em casa. A gente tinha que gravar vídeos. A gente aprendeu como gravar vídeos da melhor forma. Com a melhor iluminação, melhor enquadramento... A gente aprendeu a falar melhor, a se comunicar melhor diante das pessoas. ...Foi um mês de muitas gravações (julho). De um trabalho em conjunto. E apesar daquele friozinho na barriga, de apresentar (as lives), de está lá na frente das câmeras, valeu muito apena. Foi muito gratificante". Wellyn Veríssimo (17 anos)

“Eu gostei muito de participar das aulas. Foi muito bom. Gratificante. Aprendi muito com as aulas de audiovisual. Aprendi a trabalhar a minha timidez. Foi muito bom passar esse tempo com vocês. Vocês são ótimos como professores. São top". Jênnyfer Larissa (13 anos)

"Eu me senti muito honrado em participar desse projeto. Eu amei participar. Participei de live e foi muito bom." Antony Oliveira (15 anos)

São falas significativas, sobretudo porque mostram o aprendizado, o envolvimento e crescimento que a participação favorece na vida da criança, adolescente ou jovem. E a história não se encerra nos 22 minutos do vídeo ou nas 61 estrofes do cordel. O bairro do Roger tem uma grande e rica história, e somente parte dela foi contada.




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